Ser ou não ser? Há uma diferença entre “Ser” e ser, o primeiro é o propósito, o exercício do Dharma, o executor do plano Divino, o segundo é a ilusão da personalidade. O Eu superior não é a personalidade, ele somente utiliza-a, mas não pode haver identificação com ela. É na não identificação, no não ser da personalidade, que está a chave para a manifestação do Ser verdadeiro, a essência do amor-sabedoria que emana de Budhi, o amor que retira o véu dos sentidos, que subjuga os veículos dos desejos, dos sentidos e da mente concreta (eu inferior),fazendo com que a correspondência entre os sentidos, o corpo astral e o corpo mental, torne a tônica da música do espirito mais audível, para que consigamos tornar a melodia mais harmônica possível, limpando nossos pés para trilhar a senda, gerando equilíbrio entre as polaridades, a comunhão, que abre a comunicação direta para o espirito manifestar-se, dando roupagem ao verdadeiro “Ser”. A medida que vamos nos despindo do “eu” da personalidade, vamos também exercitando o amor legitimo, descomprometido e despretensioso, e o recipiente, que é a alma, vai se livrando de suas máculas, sua auto identificação, seu rótulo, correspondendo melhor a causa, e o espirito consegue subtrair mais facilmente a substancia pura de que necessita, ao mesmo tempo que os veículos físico, astral e mental conseguem captar melhor a luz divina, atuando com maestria no propósito em direção a Unicidade...(Adriano Moura)
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