quarta-feira, 20 de junho de 2018

Chaves para os Ensinamentos Velados de Jesus




Em primeiro lugar temos que saber oque somos, de que somos constituídos, de inicio é bom estudar oque faz do homem um ser pensante, e qual caminho foi percorrido até chegarmos aqui, para vislumbrar oque ainda há para percorrer, observar que a mente (Manas=sânscrito),  é o atributo que corresponde a causa da manifestação do reino hominal, a mesma divide-se em duas partes, mente concreta, responsável pelo raciocínio logico, intelectual, agindo através das percepções, deduções, do cérebro, da memoria da personalidade passageira,  e também mente abstrata(Manas superior), que apresenta-se na forma de intuição, inspiração, é o mundo das idéias de Platão, vale lembrar que assim como jesus, platão também foi um iniciado nos mistérios egípcios e gregos, jesus porém, como a história conta, foi bem mais além, era também iniciado nos mistérios essênios, no entanto jesus tornou-se um adepto, pois concluiu todas as iniciações.
Depois de esboçar um pouco sobre Manas (mente concreta e mente abstrata), trato agora de escrever sobre o processo da evolução, de onde viemos, qual o proposito, para isso é necessário antes de qualquer outra informação, demonstrar oque a natureza e seus reinos pode nos dizer.
Antes disso é preciso fazer um pequeno enxerto para que o estudante possa ter uma visualização mais ampla.
Precisamos ter em mente a manifestação trina, ou seja, corpo (matéria), alma e espirito, saber distingui-las, e, uma compilação entre diversas tradições, deu origem a seguinte tabela:








Existem 7 estados de consciência, sendo eles o estado físico, eterico ( aurico ), emocional ( astral), mental concreto (mente inconsciente),a vontade (monadico), intuicional e mente abstrata ou consciência crística .
Sendo o homem trino em manifestação ele tem em sua constituição os seguintes corpos:
No físico se encontra o etérico que vivifica a matéria.
Em nossa alma encontra-se o astral e o mental concreto , o astral refere-se as emoções , desejos, instintos e sentimentos e o corpo mental concreto, o conjunto de raciocínio comparativo que fazemos .
No espírito está a intuição, a vontade e a mente abstrata.
Esses sete princípios são divididos em dois estados existente no homem, o quaternário inferior formado pelo físico ,etérico , emocional e mental concreto, responsável pela existência humana, e a tríade superior, formada pela intuição, vontade e mente abstrata que são características do divino(conforme tabela acima).
Esse conhecimento se faz necessário para que possamos através da jornada iniciatica, dominar as emoções, os desejos, que fazem ligação entre o estado físico e espiritual, transformando as formas grosseiras de pensamentos que vem do plano mental concreto, para formas mas sutis emanadas pela nossa essência crística (mental abstrato ), ligando o quartenario inferior a tríade superior.
Feito isso tornamos adeptos perfeitos , seres evoluídos e nesse momento somos templos vivos dá sabedoria iniciatica na terra .
No simbolismo da crucificação esta contido essa máxima, a crucificação de Jesus, significa dizer o processo que precisa ser enfrentado em algum momento, que é o ato de subjugar o quaternário inferior, para que a tríade superior se manifeste, a cruz de quatro partes simboliza o quaternário inferior, e o quaternário inferior por sua vez significa a alma, alma essa que precisa recolher experiencias através das encarnações, assim vai tendo a percepção de que para subir aos céus precisa se desvencilhar das amarras da matéria, então da-se a crucificação, a dor, o martírio, só depois disso a consciência encontra a divindade, é preciso se livrar das maculas do quaternário inferior, que são nossos pensamentos ignorantes, egoístas, ligados ao desejo, as emoções vis, tudo isso é ilusório, é Maya, a verdadeira realidade esta alem dos sentidos, físicos e das sensações e prazeres que eles fornecem.

Os reinos e nós:
É de conhecimento popular os reinos, mineral, vegetal, animal e hominal, também temos que ter o senso critico de que nos, homens, não somos o topo, seria muita pretensão a nossa, achar que Deus tivesse criado o homem superior, e enviado todos os reinos inferiores para nos satisfazer. Irei tratar da evolução da seguinte maneira, nós (humanos) já fomos mineral, vegetal, animal, nessa sequencia, e tudo isso constitui o ser humano, o conhecimento hindu, busdista, vedantino, espirita, teosófico, etc, trata dessa questão de forma igual, as escolas de mistérios também ensinavam assim, e um filosofo mediano, se meditar pode perceber somente observando a natureza,
O processo de evolução esta intimamente ligado as doutrinas de reencarnações e metempsicoses(Pitágoras e Platão), o reino animal evolui assim como o reino hominal, com uma diferença, o reino animal possui almas grupos, até que essas almas grupos se individualizem, e isso acontece quando o processo de encarnação e evolução concede a essa alma um aspecto chamado “Mente”, ou seja, a partir dai a alma grupal animal ira vivificar uma só personalidade, o homem, é a partir desse ponto que então que começa a funcionar o “livre arbítrio”, pois no insatante em que a consciência toma por abrigo o aspecto Manas, torna ativo também o corpo Causal(causa e feito), que está no aspecto superior de Manas, significa dizer que suas atitudes, seus pensamentos, suas emoções, tudo isso esta gerando karma, que vida a vida deve ser melhorado, até que Manas torna-se limpo para a manifestação da luz de Budhi, manifestação do cristo.





Verdades apresentam a mesma origem, porem as tradições e culturas acabam as diferenciando com relação a nomenclaturas utilizadas, mas citando um exemplo aqui, o Kama Loka que é uma localidade de Kama Rupa (4º principio da constituição setenária  na teosofia) é o mesmo que para os egípcios era chamado de Duat, para os gregos de Hades, para os cristãos purgatório, espiritas chamam de umbral, a verdade esta contida em tudo, resta-nos buscar a essência  e aparar as arestas, não nos atermos simplesmente a religião, que em muitos casos foi destorcida de sua idéia original.

Sabemos que o reino animal possui determinadas almas grupos dependendo da espécie animal, alma grupo essa que funciona como um balde cheio de água, onde o mesmo e despejado no plano de evolução, na forma de gotas separadas, gotas essas, que ao final do ciclo de vida, são recolhidas novamente ao balde com determinada essência e cor, no balde todas as gotas de diferentes essências e cores se unificam misturando-se e formando uma mistura homogênea de determinada cor. Vários animais juntos, em diferentes territórios animam uma alma só (alma grupo), o ciclo começa desde os mais selvagens e evolui até que se tornem mas domestico, dentro da mesma espécie, o processo é feito mais e mais vezes até que em um determinado momento a espécie tenha arranjado as condições necessárias para que ao invés de agir através do instinto, ou seja, através do corpo astral (Kama Rupa), que até esse passo era o cérebro “pensante” do animal, então essa alma grupo, por estar em um convívio direto com o reino humano (animais de estimação), acaba desenvolvendo uma substancia mental para animar o veiculo Manas, responsável pela mente, nesse passo dá-se a individualização (evolução)do animal em homem, pelo amor, pela compaixão, e vivencia intima com o ser humano. A alma grupo então após o termino desse ultimo ciclo no reino animal, após um contato mais intimo com o homem, ascende ao reino humano. Claro que há uma outra forma de individualização que é mais dolorosa, que é pela dor, pelo ódio, esse é o caso de alguns seres humanos totalmente instintivos, com muito pouca mentalidade, e o pouco que possuem utilizam em favor do seu corpo astral, com idéias cruéis, instintivas, para saciar seus desejos, responder com violência suas emoções.
O homem (Manas) é originário do animal (Kama-Rupa), mas já esta um passo muito a frente do mesmo, no entanto o animal domestico esta mais próximo do homem pois esta a um passo pequeno de desenvolver o corpo mental e utiliza-lo como veiculo de expressão, por esse fato o ditado popular “o cão é o melhor amigo do homem”, pois a amizade do homem normalmente dá-se ainda pelo vinculo afetivo, emocional, ou seja, pelo corpo astral(Kama Rupa), que é o que o homem foi e ainda possui em sua constituição, e que o animal ainda é, a correspondência entre os dois esta no duplo etérico (Linga Sharira) e Kama Rupa
Um exemplo fácil de observar é a diferença entre os seres humanos, emocionalmente e mentalmente falando, oque torna fácil de deduzir que depende do grau de evolução, temos casos de consciências que a pouco tempo sofreram individualização, onde deixaram de utilizar o kama rupa como veiculo de manifestação, e adquiriram recentemente a individualidade passando a animar o veiculo Manas, lembrando que kama rupa é o veiculo dos desejos, emoções, instintos, animal, e Manas é o veiculo da mente. Então oque sobressai em uma alma nova, recém chegada ao mundo do humano pensante? Um homem ainda muito animalizado! ou seja, agindo mais no corpo astral(Kama Rupa), especialmente na questão dos vicios, emoções, desejos, atua mais com o chacra plexo solar, o mesmo torna-se mais ativo, é como se a consciência tivesse esse chacra por veiculo de atuação na vida física, sua fonte de raciocínio esta enclausurado ali, e assim como os animais, seu campo de ação e atração é a partir desse foco, seus atos estão ligados aos vícios, ao instinto, a emoção, aos desejos, sua vida gira em torno disso, suas formas pensamentos criam elementais, que estão a todo instante cobrando mais e mais, são verdadeiras entidades ligadas ao corpo astral, que o instigam a buscar mecanismos através da mente para saciar o desejo do corpo astral, seu corpo astral é muito vulnerável, fica a mercê de diversas entidades, que como mencionei acima, após a morte, como não possuem mais o veiculo físico para lhe proporcionar o prazer,  buscam uma vez mais obter a sensação que é fornecida pelo corpo astral da pessoa ainda encarnada, há casos de verdadeiros selvagens, que é o caso da individualização pela brutalidade, pelo ódio. O ponto chave a ser trabalhado no atual momento da evolução humana é exatamente esse, sair desse ciclo vicioso, dessa ignorância que mossa mente e nossos desejos e emoções nos proporcionam, inclusive o corpo astral (Kama rupa), em conjunto com Manas(mente), vai dar o céu(Devachan) ou o “inferno”(Kama Loca) ao homem quando sobrevém a sua morte.

Os reinos também  se apresentam em número de sete: o primeiro é o Reino Mineral, que representa e comporta a consciência mineral; o segundo, o Reino Vegetal, com a consciência vegetal; o terceiro, o Reino Animal, consciência animal; o quarto, o Reino Humano, consciência humana; o quinto, o Reino Espiritual, consciência espiritual; o sexto, o Reino Angelical, consciência angelical (estes dois últimos reinos dizem respeito à Hierarquia); e o sétimo, o Reino Divino, consciência divina. Seguindo sempre a unidade da evolução espírito-matéria, pela qual se diz: “A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem, ilumina-se nos mestres e cosmifica-se nos deuses.”
A rigôr, tudo isto diz respeito, na verdade, à Grande Evolução Humana e suas subdivisões evolutivas. Simbolicamente, os três primeiros reinos remetem à condição pré-humana nas sucessivas rondas de evolução, incluídos nela os hominídeos; e os três últimos, ainda vindouros, à futura situação pós-humana, pela qual os Mestres trabalham. Mas é na abrangência de todos os reinos que ocorre a Grande Evolução Humana, considerando, então, o desenvolvimento consciencial e iniciático, possibilitado pela vivência e experimentação dos diferentes planos da criação. Lembremos que, com a consecução da quinta iniciação, não estamos mais levando em conta a humanidade propriamente dita, mas adentramos, na verdade, no Reino Espiritual. Em processo similar, com a sexta iniciação, alcançamos o Reino Angelical e com a sétima, o Reino Divino. Pode-se dizer que a Grande Evolução Hominal passa por todas estas formas de consciência, desenvolvendo e agregando suas diferentes qualidades e atributos.









Jesus manifestou o Cristo, foi um ser que agiu com maestria em todas as suas encarnações, não as desperdiçando, oque permitiu uma manifestação da luz de Budhi, enquanto que a atual fase da evolução se localiza-se ainda no plano mental(Manas), Jesus, através de suas iniciações, conseguiu vislumbrar o plano budico, com toda sua luz, refletindo Deus no espirito
Como pode-se ver nas imagens, o universo é sétuplo, a constituição do homem é sétuplo, a evolução é setupla, essa é a regra divina, Jesus foi um ser que aproveitou muito bem suas vidas, no sentido de entender e realizar o proposito Divino, oque o tornou apto a manifestar o próximo passo da evolução humana, conformE a tabela acima, que é o plano “Búdico”, e todas as instruções aos apóstolos e fiéis que o rodeavam, eram no intuído de faze-los perceber essa realidade, no entanto essas verdades não podem ser expostas abertamente, por isso o mesmo falava por parábolas, a fim de que somente os neófitos compreendessem, ou seja, a alma precisa estar amadurecida para absorver tais conhecimentos e utiliza-los em favor da evolução universal de acordo com o plano do Grande Arquiteto do Universo, precisa estar imbuída de amor, altruísmo, compaixão, caso contrário, se o ego estiver imperando, e se não tivermos total clareza das leis, seria trágico, tanto para a consciência que utilizaria tais poderes em seu detrimento quanto para o projeto de Deus,
A vida e morte de Jesus deve ser vista como uma alegoria, uma parábola, deve ser interpretada interiormente, assim como os mitos egípcios, gregos, etc... para isso são necessárias algumas chaves para compreensão dos ensinamentos dos grandes mestres. Essas chaves esclarecem oque está verdadeiramente contido nas alegorias, nas parábolas. O nascimento, o batismo, a transfiguração, a morte, a ressurreição e a ascensão ao céu, que nada mais são do que processos de iniciações dá alma, a morte para o mundo terreno vivifica o espírito.
Quando o discípulo esta pronto o mestre aparece, e só nesse momento o mestre instrui o neófito, pois o conhecimento e a sabedoria devem ser merecidos, e entregues somente a quem realmente estiver pronto e de coração puro, caso contrário seria uma grande tragédia, em mãos profanas, a própria legislação de Atenas, onde existiam escolas de mistérios, punia as pessoas que falavam oque acontecia nos rituais de iniciações, na melhor das intenções, que era fazer com que o conhecimento das leis divinas não caíssem em mãos trevosas, que usariam tal conhecimento de forma egoísta em oposição ao plano de Divino. Aqueles que compreendiam o verdadeiro significado dos mitos, firmavam um pacto de silencio e se o transgredissem revelando a algum profano, eram punidos; o iniciado deve percorrer um longo caminho de provações, iniciações nos mistérios.



A iniciação nos Mistérios foi definida pelos antigos filósofos como a suprema aventura da vida e o maior bem que pode ser conferido à alma humana durante sua passagem pela terra. Platão, em Fedro, escreve sobre a suprema importância da aceitação nos Ritos sagrados: "Assim, em conseqüência desta iniciação divina, tornamo-nos espectadores de visões íntegras, simples, inabaláveis e bem­aventuradas numa luz pura, nós mesmos éramos puros, sem mácula e livres desta veste que nos envolve e que chamamos corpo, ao qual estamos agarrados como uma ostra à sua concha."
São Paulo também se refere à "experiência interior" pela qual chegamos a SABER. Ele diz: "Falamos da sabedoria entre os perfeitos, não da sabedoria deste mundo nem dos Arcontes (Governantes) deste mundo, mas da sabedoria divina num mistério, num segredo, que nenhum dos Arcontes deste mundo conhece." Uma iniciação é uma ampliação da consciência para apreciar realidades universais. Os cerimoniais místicos dos pagãos e dos primitivos cristãos nada mais eram que símbolos externos de processos internos. Por meio de obscuros ritos e cerimônias alegóricas, os preciosos arcanos (mistérios) da perfeição eram transmitidos de uma era para outra. Os profanos ficavam satisfeitos com a solenidade das formas e rituais externos, mas os Iniciados, aqueles que haviam recebido as chaves, aplicavam a sabedoria que estava trancada dentro das alegorias para aperfeiçoar suas faculdades espirituais internas.
Orígenes, o mais místico dos padres anti-Nicéia, no seu prefácio a São João, admite a natureza dupla de todas as revelações teológicas: "Para os de mentalidade literal (ou exotéricos) ensinamos o Evangelho da maneira histórica, a pregação de Jesus Cristo e Sua crucificação, mas para os entendidos, inflamados pelo amor à Sabedoria Divina (os esotéricos), comunicamos o Logos (a Palavra).

A perfeição não é dada: ela é conquistada. Os homens não se tornam sábios apenas assistindo a dramas sagrados... e sim, entendendo-os. O simbolismo é a linguagem das verdades divinas, uma escrita por meio da qual podem ser insinuadas coisas que, na realidade, não podem ser reveladas. "Pois os símbolos místicos são bem conhecidos para nós que pertencemos à Irmandade." (Plutarco). Pela iniciação é estabelecida a regra das obras. O homem divino e o divino no homem são trazidos à perfeição somente pelas obras. Os iniciados das antigas escolas eram "sábios Mestres Construtores" com visão para ver, coragem para fazer e sabedoria para manter silêncio. "O segredo e o silêncio são observados em todos os Mistérios", escreveu Tertuliano, criador da latinidade eclesiástica.
        Carl Jung: “Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”,



Mateus 13
 “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;”
“Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.”
“Porque o coração deste povo está endurecido, e ouvirão de mal grado com seus ouvidos”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário