Constituição setenária do homem:
No processo de post mortem o corpo denso(físico, Rupa), o corpo vital(Prana) e o duplo etérico ( Linga Sharira) são os três primeiros veículos que se desfazem em muito pouco tempo, o duplo dentro de três dias em média.... A partir desse ponto a luta concentra-se em Kama, onde Manas superior estende a mão para o aspecto de kama com intuito de puxa-lo para a tríade superior juntando-se a Atma e Budhi, e ao mesmo tempo o aspecto inferior de Kama tenta se fundir com o aspecto inferior de Manas com o intuito de apartar ou sugar parte de Manas da tríade superior, isso é o período de Kama-Loca período este em que devemos saturar todos os nossos desejos e emoções vis, materiais, esse é 4º principio o mais sutil do quaternário inferior, é o mesmo que para os egípcios era chamado de Duat, para os gregos de Hades, para os cristãos purgatório, espiritas chamam de umbral, esse é o ponto a ser trabalhado, no entanto a evolução desse quaternário deve ser trabalhada na vida física, ele é o veículo no qual ira produzir o Carma, pois as ações cometidas através desse quaternário agem em conjunto com a tríade superior onde esta o corpo causal, no corpo causal ficará armazenado nossas mas ou boas ações, onde é plantado no átomos semente e colhido na próxima encarnação, através da roda de samsara, onde irão aflorar as tendências (skandhas) para termos uma nova chance de transmutar, evoluir.
Depois desse período em Kama loca, o próximo estagio é
Devachan, o céu dos cristãos, o estado da bem aventurança, após todo esse
"sofrimento", há uma "bem aventurança" no qual, os amigos,
famílias, um trabalho altruístico, o amor como tônica presente, se fará
realidade neste plano mental. Mesmo aquilo que estava no ideal para realizar,
se fará realizar em Devachan e seu retorno no plano físico será mais forte e
intenso essa idealização no plano da ação.
A literatura teosófica nos relata que a cada final de cada
vida(experiência), o quaternário inferior é eliminado no processo, restando
para a próxima experiência somente Manas (superior/causal), Atma e Budhi,
sabendo que essa tríade superior seria o Eu Divino, e Manas superior
responsável por armazenar somente as experiências mais Divinas de cada vida,
levando até Atma e Budhi aspirações Divinas experienciadas durante a vida
OS Samskaras, e os demais Skandhas (5 no total), são a
forma que operacionalizam a reencarnação das tendências de vidas passadas, e
são totalmente ligados à lei do karma. Os cinco Skandhas são:
1) forma (rûpa); 2) percepção (vidâna); 3) consciência
(sañjñâ); 4) ação (sanskâra), e 5) conhecimento (vidyâna). Todas ações na aura humana geram ondas,
formas e marcas (que a Yoga chama de Vrttis), criando várias propensões que se
manifestarão em vidas futuras. Os hindus creem que estas tendências estão na
mente, mas as pesquisas de Leadbeater e Besant indicaram que existiram os
"átomos permanentes" de cada plano de existência, que cada ser humano
levaria de uma encarnação à outra, provocando continuidade e evolução. As propensões adquiridas em vidas passadas
levam aos mesmos comportamentos, e são estes que causam os desequilíbrios e
doenças.
As memórias mais marcantes de nossa vida ficam armazenadas
em nosso átomo permanente , que fica no subplano atômico de cada plano, e elas
permanecem e em outra vida respondemos mais fácil a elas , ou seja , as
vibrações contidas em meu átomo permanente não vai necessariamente gerar
doenças mas eu como estou responsivo a certas vibrações eu assim posso
desenvolver certas doenças, por certas condições emocionais e mentais .
Certas ações de purificação podem facilitar para o indivíduo
a manifestação de suas boas tendências.
Cada religião ou tradição costuma ter a sua ação neste sentudi, mas
nossa cultura judaico-cristã adotou a prática do batismo, que para a criança
purifica seus canais de forma que o Eu
reencarnante possa influenciar o corpo antes que se manifestem as
"tendências negativas" do passado.
Os átomos permanentes permanecem para serem purificados
Se não fosse isso, não seria possível explicar as
"tendências" de cada personalidade que se destacam desde a infância.
Estas memórias afetam o subconsciente e esta é uma das
nossas maiores lutas no processo de autoconhecimento: entender o que nem sempre
é explicado no mental concreto.
Certa vez um grande sábio me disse que entender isso é dos
maiores segredos da tradição. Está nomenclatura de corpos, ou envoltórios ou
princípios é apenas uma tentativa de "didaticar" um conteúdo.
Segundo a tradição budista Mahayana yogacara (que não é
cittamatra) na qual HPB se baseia muito, nossa noção de existência de um "eu"
é resultante derivada de uma certa agregação dos skandhas, dentre os quais os
samskaras são um dos componentes. Samskaras são traduzidos como tendências,
memória, volições, características, ... sendo o principal entre eles cetana, o
karma mental, a direcionalidade dá mente. Samskaras são as marcas mentais, são
os registros karmicos e as tendências que nos caracterizam e conduzem nossas
ações (karmas).
As "impressões", vibrações karmicos não se
desvanecem de vida a vida, mas se re-organizam no sentido de dar
características e tendências de ação de cada um.
Quem conhece um pouco mais sobre fluxo mental e
renascimentos percebe como de vida a vida costumamos repetir tais tendências,
que nos caracterizam.
Átomos permanentes poderiam ser uma tentativa de tradução ao
termo samskara.
Os nossos genes (que nos moldam em características
psicofísicas) são talvez a forma mais densa, palpável, Tupã de nossos
samskaras, genes são samskaras.
Doenças são manifestação de desequilíbrios gerados por
necessidade de ajustes ou de experiências.
O conjunto dos 49 samskaras é um dos 5 skandhas. O estado
purificado da manifestação de um Buddha em seu estado Nirmanakaya, inclui a
manutenção dos 5 samskaras, chamados de sempre presentes, plenamente
iluminados, não contaminados, especialmente eliminando totalmente avidya.
Nesse processo, nós nascemos especificamente em uma
realidade que nos permita então purificar o Samskaras, e assim evoluirmos... Ou
seja, oque não conseguimos evoluir em
uma vida passada propositalmente irá aparecer em uma vida futura, família,
ambiente, amigos, relações, é tudo acertado antes da descida do novo
"eu" de acordo com nossas falhas ou méritos de uma vida anterior,
para nos dar a possibilidade de superar.
Quando a sede pela experiência (Trishna) da vida surge
novamente na alma, ela ressoa uma nota que atrai uma hoste de seres que lhe
auxiliarão no retorno (nesta hoste há almas humanas, anjos e elementais). Nada há de automático e cego no retorno. Uma porção do karma acumulado é calculado, de
forma que a pessoa não sofra tudo de uma vez, o que seria insuportável, ou que
tenha uma vida sem desafios. No mundo da
unidade das almas, grupos são preparados para voltarem juntas numa mesma época,
de forma que karmas coletivos (familiares, nacionais, etc) possam ser
resgatados. Um bom cálculo sobre a
extensão provável da vida também é feito.
Portanto, quando ressurgimos na terra isto não é fruto do acaso, mas sim
a corporificação do trabalho conjunto de muitas almas. A vida é sagrada e temos que tratá-la sempre
assim!
No post mortem depois que passamos pelo processo de
kama-loka, que é aquele processo de saturação dos desejos, emoções, etc.. de
nossa vida precedente, e todo esse processo, o passo seguinte é o Devachan, que
é o período das recompensas, da bem aventurança, dentro do processo de kama
loca ainda pode surgir um estagio mais inferior chamado de “Avitchi”, que seria
a antítese de Devachan.
Avîtchi o Avîchi (Sânscrito)
Um estado: não
necessariamente após a morte apenas entre dois nascimentos, uma vez que tal
estado também pode ocorrer na Terra. Literalmente: "Inferno não
interrompido". O último dos oito infernos, onde, segundo relatos, "os
culpados morrem e renascem sem interrupção, embora não sem esperança de
remissão final". Esta é a razão pela qual Avitchi é outro nome para o
Myalba (nossa terra), e é também um estado para o qual alguns homens sem alma
são condenados neste plano físico. (Avitchi é um estado de mal espiritual
ideal, uma condição subjetiva, o oposto de Devachan ou Anyodei - F.Hartmann).
O Avitchi é apenas uma outra terminologia para o estado mais
baixo do astral, cuja penúria e sofrimento é tão grande que a única comparação
possível é com nossa ideia de inferno.
Os antigos incluíam a vida física também nesta penúria, sendo a parte
mais sofrida da roda de samsara. Mas é sempre bom ressaltar que estes
sofrimentos são sempre autointitulada, pela baixeza e torpeza de nossos atos
físicos, emocionais e mentais de ignorância e apego. O fundo, ou parte de baixo
da aura, é um Avitchi que está sempre conosco, com seus tenebrosos tons escuros.
Para cada ano físico a personalidade vive de 10 a 30 anos em
outros planos. A personalidade só
termina quando termina o último instante do Devachan, deixando para trás três
cadáveres, o físico o astral e finalmente o mental. Naquele momento todo o perfume da última
vida foi extraído e é armazenado no cadinho da alma.
Suicidas e acidentados
Seguindo as leis da natureza, tudo tem seu tempo, plantio,
maturação, colheita, seguindo essa lei temos que apontar as consequências de
uma ação que infringe a lei natural, no caso dos suicidas, na ânsia de dar cabo
a dor e sofrimento causado pelos sentimentos negativos, emoções e desejos
inferiores, esses localizados dentro do veiculo astral, se fosse melhor
compreendido seria entendido que no processo natural vida/morte, quando ocorre
a morte natural, normalmente a pessoa idosa já tenha esgotado todas as suas
emoções e desejos terrenos, já tenha saturado através de sua vivencia, toda a
experiência que lhe foi dada, tal pessoa então depois da morte ira para o plano
astral (kama loca), o plano astral possui sete subdivisões, se a pessoa
referida acima teve uma vida de bem, então já ira para a a subdivisão mais
superior, até saturar algum desejo terreno que porventura ainda esta para ser
eliminado, em seguida parte para o céu da bem aventurança que é o devachan
(colheita), no caso dos suicidas o mesmo cai imediatamente no subplano mais
inferior do Kama loca, terá que galgar um longo período até se desvencilhar das
dores causadas por seus desejos e emoções, e ficara fortemente ligado a terra
até completar a idade que lhe foi determinada pelos senhores do carma, justamente pelo infringimento da lei, ira
vivenciar nesse período a todo instante o seu momento final, com grande
sofrimento, passara um longo período em kama loca até saturar os desejos e
emoções terrenas , e um curto período em devachan, pelo fato de uma curta
experiência de vida e devido a isso, poucas aspirações divinas.
O suicida normalmente aparece nas sessões espiritas, muitas
vezes passa-se por um ente que é chamado na sessão, justamente pelo desejo
terreno que ainda lhe esta muito ativo, por vezes também esta aos arredores de
bares casas noturnas, obsediando para poder usufruir dos desejos inferiores.
Para os acidentados ocorre o mesmo processo, no entanto
nesse caso subentende-se que ao contrario do suicida, que esta fortemente
ligado as emoções inferiores, desejos, etc.. no caso do acidentado pode ser que
haja alguma emoção mais sublime, uma atividade maior em manas superior, emoções
mais sublimes, então romperá mais rapidamente a parede do Kama Loca passando
brevemente para o Devachan.
Desde o momento em que se suicidaram até o dia em que teriam
a morte natural, os suicidas não estão completamente separados dos seus
princípios superiores (6º e 7º). Porém, funcionam, de fato, apenas com o quarto
e o quinto princípios, enquanto os dois superiores permanecem passivos, porque,
devido ao ato tresloucado que cometeram, forma-se uma barreira insuperável
entre os dois grupos de princípios. Eles persistem vivendo conscientemente no
kama-loka, estando agora mais sujeitos aos impulsos dos desejos terrenos e sem
possibilidade de satisfazê-los diretamente, posto que já não mais possuem o
instrumental proporcionado pelo corpo físico.
O suicida, assim entendido como o homem real que apenas foi
despojado de seus três princípios inferiores, e não o cascão, pode se comunicar
conosco através de médiuns. Os seres sofredores que persistem nesse convívio
são exceção à regra, pois permanecem dentro da esfera de atração da Terra, no
kama-loka, até completar o tempo que deveria ter sido o de sua vida natural.
Não se deve considerar, entretanto, suicida alguém que por
uma ação inconseqüente antecipa sua morte quando não tinha essa intenção (um
toxicômano, por exemplo, vítima de overdose): nesse caso o motivo é o que
interessa. Essa pessoa, como os que tiveram morte natural, não será vítima das
tentações do kama-loka nem dos médiuns e cairá no sono tão logo nele penetre. A
qualidade do sonho dependerá das circunstâncias criadas antes da morte, e bem
pode não ser agradável.
Em vez de procurar se redimir da loucura que cometeu,
aceitando seu castigo, o suicida busca ilicitamente, através de um substituto
vivente, satisfazer os desejos que ainda o mantém preso à Terra. Por causa
dessa prática, ao término do tempo natural que teria durado sua vida, costuma
perder sua mônada para sempre, ou melhor, perder a possibilidade de entrar no
devachan, desperdiçando suas experiências pessoais no atual ciclo de vida. É
comum ocorrer isso com o suicida, embora muitos resistam bravamente, e nem
todos sejam necessariamente atraídos pela ânsia perturbadora dos médiuns.
Penso, nesse sentido, que a motivação do suicida muitas vezes não é tanto o
apego às coisas terrenas, mas, muito mais, a incapacidade de suportar uma dor
física ou moral muito intensa. O Mestre adverte que seria errado e cruel
reavivar-lhe a memória ao oferecer-lhe a oportunidade de desfrutar uma vida
material indireta por intermédio de médiuns e sensitivos, pois isso
intensificaria seu sofrimento, e ele pagaria caro por tais prazeres,
sobrecarregando seu carma.
A questão das vítimas de acidentes (ou de assassinato) é uma
das mais controversas nesse estudo, embora os mal-entendidos fossem
suficientemente elucidados pelo Mestre. Assim, é que, na Carta nº 76, K.H.
comenta a carta 68, que havia sido publicada sem revisão, e afirma que o
material nela contido sobre a possibilidade das vítimas de acidentes terem uma
situação pior que a dos suicidas não está incorreto, mas trata-se apenas de uma
exceção. Essa posição está ainda reforçada na Carta nº 71, em que fala sobre a
afirmação do Sr. Sinnett de que “as vítimas de acidentes às vezes, embora
raramente, e as vítimas de suicídio podem se comunicar conosco através de
médiuns”. Naquela missiva o Mestre pontifica que isso só ocorre em casos
excepcionais quanto aos acidentados, mas que os suicidas podem e fazem isso com
freqüência.
Em resumo, nos acidentados, ao contrário do que ocorre com os
suicidas, os princípios remanescentes (do 4º ao 7º) atraem-se reciprocamente,
sem quaisquer barreiras. Quando o ego é bom e puro, os princípios superiores
puxam fortemente os inferiores em sua direção, a da espiritualidade, e o ego
espera o momento de ir para o período de gestação dormindo placidamente, tendo
sono sem sonhos ou, sonhos felizes e cheios de visões venturosas da vida na
Terra, porém nada comparáveis ao sonho devachânico, e sem a consciência de que
deixou para trás a vida terrena. Isso ocorre porque o ego pessoal do acidentado
não é responsável por sua morte, embora deva estar sofrendo a ação da lei do
carma. Se tivesse vivido mais, poderia ter compensado alguns erros anteriores.
Mas, porque pagou débito anterior (de reencarnação passada), está livre da
justiça compensatória. Os acidentados são protegidos pelos dyan-chohans até que
estejam amadurecidos e preparados para o kama-loka. Eles, em geral, sejam bons
ou maus, dormem e só acordam no momento de separação dos princípios (“hora do
julgamento final”), no limiar do estado de gestação. Se, nesse caso e à
semelhança do que ocorre com os que tiveram morte natural, a carga de
experiências positivas a ser aportada pelo quinto princípio for insuficiente
para permitir o desfrute no devachan, o ego tomará imediatamente um novo corpo
material, neste ou noutro planeta. Assim, pode-se estabelecer como regra geral
que, exceto os suicidas e os cascões, não há possibilidade de um ego freqüentar
um centro espírita.
Aborto
Quanto ao aborto, para a alma do feto nada ocorre, pois o
mesmo não chegou a recolher experiências nos seus sete veículos de
manifestação, no entanto sua geração não foi em vão, talvez por uma questão de
carma, sua vida foi abreviada, aí nesse passo o seu carma passa a ser
diretamente ligado ao carma da pessoa responsável pelo abreviamento de sua
vida, crédito e débito estão sendo lançados. A natureza abreviara sua bem
aventurança em vida e em compensação aumentará sua experiência em kama-loca
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