segunda-feira, 4 de junho de 2018

Processo de Vida e Morte


                                 


                                                Constituição setenária do homem:




No processo de post mortem o corpo denso(físico, Rupa), o corpo vital(Prana) e o duplo etérico ( Linga Sharira) são os três primeiros veículos que se desfazem em muito pouco tempo, o duplo dentro de três dias em média.... A partir desse ponto a luta concentra-se em Kama,   onde Manas superior estende a mão para o aspecto de kama com intuito de puxa-lo para a tríade superior juntando-se a Atma e Budhi, e ao mesmo tempo o aspecto inferior de Kama tenta se fundir com o aspecto inferior de Manas com o intuito de apartar ou sugar parte de  Manas da tríade superior, isso é o período de Kama-Loca período este em que devemos saturar todos os nossos desejos e emoções vis, materiais, esse é 4º principio o mais sutil do quaternário inferior,  é o mesmo que para os egípcios era chamado de Duat, para os gregos de Hades, para os cristãos purgatório, espiritas chamam de umbral, esse é o ponto a ser trabalhado, no entanto a evolução desse quaternário deve ser trabalhada na vida física, ele é o veículo no qual ira produzir o Carma, pois as ações cometidas através desse quaternário agem em conjunto com a tríade superior onde esta o corpo causal, no corpo causal ficará armazenado nossas mas ou boas ações, onde é plantado no átomos semente e colhido na próxima encarnação, através da roda de samsara, onde irão aflorar as tendências (skandhas) para termos uma nova chance de transmutar, evoluir.
Depois desse período em Kama loca, o próximo estagio é Devachan, o céu dos cristãos, o estado da bem aventurança, após todo esse "sofrimento", há uma "bem aventurança" no qual, os amigos, famílias, um trabalho altruístico, o amor como tônica presente, se fará realidade neste plano mental. Mesmo aquilo que estava no ideal para realizar, se fará realizar em Devachan e seu retorno no plano físico será mais forte e intenso essa idealização no plano da ação.
A literatura teosófica nos relata que a cada final de cada vida(experiência), o quaternário inferior é eliminado no processo, restando para a próxima experiência somente Manas (superior/causal), Atma e Budhi, sabendo que essa tríade superior seria o Eu Divino, e Manas superior responsável por armazenar somente as experiências mais Divinas de cada vida, levando até Atma e Budhi aspirações Divinas experienciadas durante a vida
OS  Samskaras,  e os demais Skandhas (5 no total), são a forma que operacionalizam a reencarnação das tendências de vidas passadas, e são totalmente ligados à lei do karma. Os cinco Skandhas são:
1) forma (rûpa); 2) percepção (vidâna); 3) consciência (sañjñâ); 4) ação (sanskâra), e 5) conhecimento (vidyâna).  Todas ações na aura humana geram ondas, formas e marcas (que a Yoga chama de Vrttis), criando várias propensões que se manifestarão em vidas futuras. Os hindus creem que estas tendências estão na mente, mas as pesquisas de Leadbeater e Besant indicaram que existiram os "átomos permanentes" de cada plano de existência, que cada ser humano levaria de uma encarnação à outra, provocando continuidade e evolução.  As propensões adquiridas em vidas passadas levam aos mesmos comportamentos, e são estes que causam os desequilíbrios e doenças.
As memórias mais marcantes de nossa vida ficam armazenadas em nosso átomo permanente , que fica no subplano atômico de cada plano, e elas permanecem e em outra vida respondemos mais fácil a elas , ou seja , as vibrações contidas em meu átomo permanente não vai necessariamente gerar doenças mas eu como estou responsivo a certas vibrações eu assim posso desenvolver certas doenças, por certas condições emocionais e mentais .
Certas ações de purificação podem facilitar para o indivíduo a manifestação de suas boas tendências.  Cada religião ou tradição costuma ter a sua ação neste sentudi, mas nossa cultura judaico-cristã adotou a prática do batismo, que para a criança purifica seus canais de forma que o  Eu reencarnante possa influenciar o corpo antes que se manifestem as "tendências negativas" do passado.
Os átomos permanentes permanecem para serem purificados
Se não fosse isso, não seria possível explicar as "tendências" de cada personalidade que se destacam desde a infância.
Estas memórias afetam o subconsciente e esta é uma das nossas maiores lutas no processo de autoconhecimento: entender o que nem sempre é explicado no mental concreto.
Certa vez um grande sábio me disse que entender isso é dos maiores segredos da tradição. Está nomenclatura de corpos, ou envoltórios ou princípios é apenas uma tentativa de "didaticar" um conteúdo.
Segundo a tradição budista Mahayana yogacara (que não é cittamatra) na qual HPB se baseia muito, nossa noção de existência de um "eu" é resultante derivada de uma certa agregação dos skandhas, dentre os quais os samskaras são um dos componentes. Samskaras são traduzidos como tendências, memória, volições, características, ... sendo o principal entre eles cetana, o karma mental, a direcionalidade dá mente. Samskaras são as marcas mentais, são os registros karmicos e as tendências que nos caracterizam e conduzem nossas ações (karmas).
As "impressões", vibrações karmicos não se desvanecem de vida a vida, mas se re-organizam no sentido de dar características e tendências de ação de cada um.
Quem conhece um pouco mais sobre fluxo mental e renascimentos percebe como de vida a vida costumamos repetir tais tendências, que nos caracterizam.
Átomos permanentes poderiam ser uma tentativa de tradução ao termo samskara.
Os nossos genes (que nos moldam em características psicofísicas) são talvez a forma mais densa, palpável, Tupã de nossos samskaras, genes são samskaras.
Doenças são manifestação de desequilíbrios gerados por necessidade de ajustes ou de experiências.
O conjunto dos 49 samskaras é um dos 5 skandhas. O estado purificado da manifestação de um Buddha em seu estado Nirmanakaya, inclui a manutenção dos 5 samskaras, chamados de sempre presentes, plenamente iluminados, não contaminados, especialmente eliminando totalmente avidya.

Nesse processo, nós nascemos especificamente em uma realidade que nos permita então purificar o Samskaras, e assim evoluirmos... Ou seja, oque não conseguimos  evoluir em uma vida passada propositalmente irá aparecer em uma vida futura, família, ambiente, amigos, relações, é tudo acertado antes da descida do novo "eu" de acordo com nossas falhas ou méritos de uma vida anterior, para nos dar a possibilidade de superar.
Quando a sede pela experiência (Trishna) da vida surge novamente na alma, ela ressoa uma nota que atrai uma hoste de seres que lhe auxiliarão no retorno (nesta hoste há almas humanas, anjos e elementais).  Nada há de automático e cego no retorno.  Uma porção do karma acumulado é calculado, de forma que a pessoa não sofra tudo de uma vez, o que seria insuportável, ou que tenha uma vida sem desafios.  No mundo da unidade das almas, grupos são preparados para voltarem juntas numa mesma época, de forma que karmas coletivos (familiares, nacionais, etc) possam ser resgatados.  Um bom cálculo sobre a extensão provável da vida também é feito.  Portanto, quando ressurgimos na terra isto não é fruto do acaso, mas sim a corporificação do trabalho conjunto de muitas almas.  A vida é sagrada e temos que tratá-la sempre assim!

No post mortem depois que passamos pelo processo de kama-loka, que é aquele processo de saturação dos desejos, emoções, etc.. de nossa vida precedente, e todo esse processo, o passo seguinte é o Devachan, que é o período das recompensas, da bem aventurança, dentro do processo de kama loca ainda pode surgir um estagio mais inferior chamado de “Avitchi”, que seria a antítese de Devachan.

Avîtchi o Avîchi (Sânscrito)
Um estado: não necessariamente após a morte apenas entre dois nascimentos, uma vez que tal estado também pode ocorrer na Terra. Literalmente: "Inferno não interrompido". O último dos oito infernos, onde, segundo relatos, "os culpados morrem e renascem sem interrupção, embora não sem esperança de remissão final". Esta é a razão pela qual Avitchi é outro nome para o Myalba (nossa terra), e é também um estado para o qual alguns homens sem alma são condenados neste plano físico. (Avitchi é um estado de mal espiritual ideal, uma condição subjetiva, o oposto de Devachan ou Anyodei - F.Hartmann).

O Avitchi é apenas uma outra terminologia para o estado mais baixo do astral, cuja penúria e sofrimento é tão grande que a única comparação possível é com nossa ideia de inferno.  Os antigos incluíam a vida física também nesta penúria, sendo a parte mais sofrida da roda de samsara. Mas é sempre bom ressaltar que estes sofrimentos são sempre autointitulada, pela baixeza e torpeza de nossos atos físicos, emocionais e mentais de ignorância e apego. O fundo, ou parte de baixo da aura, é um Avitchi que está sempre conosco, com seus tenebrosos tons escuros.
Para cada ano físico a personalidade vive de 10 a 30 anos em outros planos.  A personalidade só termina quando termina o último instante do Devachan, deixando para trás três cadáveres, o físico o astral e finalmente o mental.    Naquele momento todo o perfume da última vida foi extraído e é armazenado no cadinho da alma.



                 


Suicidas e acidentados


Seguindo as leis da natureza, tudo tem seu tempo, plantio, maturação, colheita, seguindo essa lei temos que apontar as consequências de uma ação que infringe a lei natural, no caso dos suicidas, na ânsia de dar cabo a dor e sofrimento causado pelos sentimentos negativos, emoções e desejos inferiores, esses localizados dentro do veiculo astral, se fosse melhor compreendido seria entendido que no processo natural vida/morte, quando ocorre a morte natural, normalmente a pessoa idosa já tenha esgotado todas as suas emoções e desejos terrenos, já tenha saturado através de sua vivencia, toda a experiência que lhe foi dada, tal pessoa então depois da morte ira para o plano astral (kama loca), o plano astral possui sete subdivisões, se a pessoa referida acima teve uma vida de bem, então já ira para a a subdivisão mais superior, até saturar algum desejo terreno que porventura ainda esta para ser eliminado, em seguida parte para o céu da bem aventurança que é o devachan (colheita), no caso dos suicidas o mesmo cai imediatamente no subplano mais inferior do Kama loca, terá que galgar um longo período até se desvencilhar das dores causadas por seus desejos e emoções, e ficara fortemente ligado a terra até completar a idade que lhe foi determinada pelos senhores do carma,  justamente pelo infringimento da lei, ira vivenciar nesse período a todo instante o seu momento final, com grande sofrimento, passara um longo período em kama loca até saturar os desejos e emoções terrenas , e um curto período em devachan, pelo fato de uma curta experiência de vida e devido a isso, poucas aspirações divinas.
O suicida normalmente aparece nas sessões espiritas, muitas vezes passa-se por um ente que é chamado na sessão, justamente pelo desejo terreno que ainda lhe esta muito ativo, por vezes também esta aos arredores de bares casas noturnas, obsediando para poder usufruir dos desejos inferiores.

Para os acidentados ocorre o mesmo processo, no entanto nesse caso subentende-se que ao contrario do suicida, que esta fortemente ligado as emoções inferiores, desejos, etc.. no caso do acidentado pode ser que haja alguma emoção mais sublime, uma atividade maior em manas superior, emoções mais sublimes, então romperá mais rapidamente a parede do Kama Loca passando brevemente para o Devachan.

Desde o momento em que se suicidaram até o dia em que teriam a morte natural, os suicidas não estão completamente separados dos seus princípios superiores (6º e 7º). Porém, funcionam, de fato, apenas com o quarto e o quinto princípios, enquanto os dois superiores permanecem passivos, porque, devido ao ato tresloucado que cometeram, forma-se uma barreira insuperável entre os dois grupos de princípios. Eles persistem vivendo conscientemente no kama-loka, estando agora mais sujeitos aos impulsos dos desejos terrenos e sem possibilidade de satisfazê-los diretamente, posto que já não mais possuem o instrumental proporcionado pelo corpo físico.
O suicida, assim entendido como o homem real que apenas foi despojado de seus três princípios inferiores, e não o cascão, pode se comunicar conosco através de médiuns. Os seres sofredores que persistem nesse convívio são exceção à regra, pois permanecem dentro da esfera de atração da Terra, no kama-loka, até completar o tempo que deveria ter sido o de sua vida natural.
Não se deve considerar, entretanto, suicida alguém que por uma ação inconseqüente antecipa sua morte quando não tinha essa intenção (um toxicômano, por exemplo, vítima de overdose): nesse caso o motivo é o que interessa. Essa pessoa, como os que tiveram morte natural, não será vítima das tentações do kama-loka nem dos médiuns e cairá no sono tão logo nele penetre. A qualidade do sonho dependerá das circunstâncias criadas antes da morte, e bem pode não ser agradável.
Em vez de procurar se redimir da loucura que cometeu, aceitando seu castigo, o suicida busca ilicitamente, através de um substituto vivente, satisfazer os desejos que ainda o mantém preso à Terra. Por causa dessa prática, ao término do tempo natural que teria durado sua vida, costuma perder sua mônada para sempre, ou melhor, perder a possibilidade de entrar no devachan, desperdiçando suas experiências pessoais no atual ciclo de vida. É comum ocorrer isso com o suicida, embora muitos resistam bravamente, e nem todos sejam necessariamente atraídos pela ânsia perturbadora dos médiuns. Penso, nesse sentido, que a motivação do suicida muitas vezes não é tanto o apego às coisas terrenas, mas, muito mais, a incapacidade de suportar uma dor física ou moral muito intensa. O Mestre adverte que seria errado e cruel reavivar-lhe a memória ao oferecer-lhe a oportunidade de desfrutar uma vida material indireta por intermédio de médiuns e sensitivos, pois isso intensificaria seu sofrimento, e ele pagaria caro por tais prazeres, sobrecarregando seu carma.
A questão das vítimas de acidentes (ou de assassinato) é uma das mais controversas nesse estudo, embora os mal-entendidos fossem suficientemente elucidados pelo Mestre. Assim, é que, na Carta nº 76, K.H. comenta a carta 68, que havia sido publicada sem revisão, e afirma que o material nela contido sobre a possibilidade das vítimas de acidentes terem uma situação pior que a dos suicidas não está incorreto, mas trata-se apenas de uma exceção. Essa posição está ainda reforçada na Carta nº 71, em que fala sobre a afirmação do Sr. Sinnett de que “as vítimas de acidentes às vezes, embora raramente, e as vítimas de suicídio podem se comunicar conosco através de médiuns”. Naquela missiva o Mestre pontifica que isso só ocorre em casos excepcionais quanto aos acidentados, mas que os suicidas podem e fazem isso com freqüência.

Em resumo, nos acidentados, ao contrário do que ocorre com os suicidas, os princípios remanescentes (do 4º ao 7º) atraem-se reciprocamente, sem quaisquer barreiras. Quando o ego é bom e puro, os princípios superiores puxam fortemente os inferiores em sua direção, a da espiritualidade, e o ego espera o momento de ir para o período de gestação dormindo placidamente, tendo sono sem sonhos ou, sonhos felizes e cheios de visões venturosas da vida na Terra, porém nada comparáveis ao sonho devachânico, e sem a consciência de que deixou para trás a vida terrena. Isso ocorre porque o ego pessoal do acidentado não é responsável por sua morte, embora deva estar sofrendo a ação da lei do carma. Se tivesse vivido mais, poderia ter compensado alguns erros anteriores. Mas, porque pagou débito anterior (de reencarnação passada), está livre da justiça compensatória. Os acidentados são protegidos pelos dyan-chohans até que estejam amadurecidos e preparados para o kama-loka. Eles, em geral, sejam bons ou maus, dormem e só acordam no momento de separação dos princípios (“hora do julgamento final”), no limiar do estado de gestação. Se, nesse caso e à semelhança do que ocorre com os que tiveram morte natural, a carga de experiências positivas a ser aportada pelo quinto princípio for insuficiente para permitir o desfrute no devachan, o ego tomará imediatamente um novo corpo material, neste ou noutro planeta. Assim, pode-se estabelecer como regra geral que, exceto os suicidas e os cascões, não há possibilidade de um ego freqüentar um centro espírita.




Aborto


Quanto ao aborto, para a alma do feto nada ocorre, pois o mesmo não chegou a recolher experiências nos seus sete veículos de manifestação, no entanto sua geração não foi em vão, talvez por uma questão de carma, sua vida foi abreviada, aí nesse passo o seu carma passa a ser diretamente ligado ao carma da pessoa responsável pelo abreviamento de sua vida, crédito e débito estão sendo lançados. A natureza abreviara sua bem aventurança em vida e em compensação aumentará sua experiência em kama-loca

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