“Conhece-te a Ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”
Este é o passo em que percebemos que passamos nossa vida inteira até o presente momento atuando somente como o eu inferior, agindo através dos instintos, das emoções, desejos, pensamentos por vezes até humildes e altruístas ao nosso entendimento mas que de fato eram somente uma mascara do ego, nos damos conta de que há algo grandioso, que aquelas perguntas antes sem respostas, tais como quem somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o propósito, começam a serem respondidas, um novo mundo começa a surgir, nossos medos gerados por anos de crenças, os condicionamentos, os medos, tudo isso começa a ser transmutado, e começamos então entender a essência disso tudo, nos confrontamos então com o mundo da causa, ou “mundo das idéias”, como diria o grande filósofo e iniciado, Platão, e então adentramos nos estudos da filosofia esotérica e cada vez mais tudo vai se clareando, e ocorre a graduação/elevação na consciência, e ao mesmo tempo que isso ocorre, vamos vendo também que nem tudo é um mar de rosas, vamos tomando conhecimento das iniciações, iniciações essas que nos trazem provações, dor, o verdadeiro calvário, a limpeza dos corpos, dos condicionamentos, nosso quaternário inferior pena quando nos defrontamos perante esse cenário, pois ali mora nosso ego (eu inferior), como disse Carl Jung “Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”, esse é o preço que se paga na medida que avançamos no conhecimento, na medida que evoluímos, nesse passo já não podemos mais voltar atrás, mesmo porque não queremos, pois sabemos oque nos espera nessa subida de encontro ao divino, e nosso intuito será somente esse, subir... no caminho seremos testados a todo instante pelas hierarquias ocultas até que nos tornemos o ouro alquímico, o verdadeiro mestre CHOHAN, e posteriormente ainda, MAHA CHOHAN, e por aí vai.
A filosofia esotérica nos faz perceber que verdades apresentam a mesma origem, porem as tradições e culturas acabam as diferenciando, mas citando um exemplo aqui, o Kama Loka que é uma localidade de Kama Rupa (4º principio da constituição setenária na teosofia) é o mesmo que para os egípcios era chamado de Duat, para os gregos de Hades, para os cristãos purgatório, espiritas chamam de umbral, a verdade esta contida em tudo, resta-nos buscar a essência e aparar as arestas, não nos atermos simplesmente a religião, que em muitos casos foi destorcida de sua idéia original, alguns sacerdotes realmente estão ali para exercitar sua fé, os sacramentos, alguns realmente chegaram ali através do conhecimento original, sabem verdadeiramente a origem dos símbolos, dos rituais, iniciaram verdadeiramente nos mistérios, mas mesmo esses talvez não conseguirão transmitir a verdade para quem não estiver apto a receber, a religião serve para reforçar a idéia, mas daí vem a pergunta, “que ideia?”, aí é que esta o X da questão, busquem a essência, como disse Helena Petrovna Blavatsky “não há religião superior a verdade”
Os mitos egípcios, gregos, a vida e morte de Jesus contada em parábolas, etc... Nisso tudo há uma simbologia, um arquétipo, a fim que os estudantes maduros, os que estão aptos a receber a verdade, compreendam através de um senso comum. Os mistérios são passados aos iniciados através da mitologia, dos rituais, da cerimonia, parábolas, afim de que somente os neófitos compreendam... (Adriano Moura)
Mateus 13
“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;”
“Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.”
“Porque o coração deste povo está endurecido, e ouvirão de mal grado com seus ouvidos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário