terça-feira, 5 de junho de 2018

Platão X Aristóteles



Platonismo é baseado em um raciocínio a priori; aristotelismo em cima de um raciocínio a posteriori.

O filósofo do século XIII Tomás de Aquino, na Summa Theologica, escreveu: "A demonstração pode ser feita de duas maneiras: uma é através da causa, é chamada de "a priori", é argumentar apenas sobre o que está antes. A outra maneira é através do efeito, e é chamada de demonstração "a posteriori"; é argumentar a partir do que é anterior relativamente apenas a nós. Quando um efeito é mais conhecido para nós do que sua causa, a partir do efeito passamos ao conhecimento da causa. Assim todos os efeitos da existência e sua causa podem ser demonstrados, desde que os seus efeitos são mais conhecidos para nós, porque uma vez que cada efeito depende de sua causa, se o efeito existe, a causa deve pré-existir".[6]


Na primeira navegação, o filósofo permanece ainda prisioneiro dos sentidos e do sensível, que é caso de Aristoteles, apontando para o chão, terra, matéria, enquanto, na segunda navegação, Platão tenta a libertação radical dos sentidos e do sensível e um deslocamento decidido para o plano do raciocínio puro e daquilo que é captável pelo intelecto e pela mente na pureza de sua atividade específica, platão foi um grande iniciado nos mistérios egípcios.

O sensível e o físico não são considerados causa verdadeira. Sensível é meio e instrumento mediante o qual a “causa verdadeira” se realiza.


Tanto Platão quanto Aristóteles foram de suma importância para a estrutura do pensamento, no entanto algo que talvez Aristóteles não ponderou foi que; a luz sobre nosso corpo físico tridimensional produz a nossa sombra bidimensional, em outras palavras, o corpo é a causa, a sombra o efeito, a luz os torna perceptíveis, e dedutíveis. Segundo a lei de correspondência e analogia fica óbvio que nós (terceira dimensão) somos o efeito, a sombra, de uma outra dimensão maior (quarta dimensão), e assim sucessivamente, a grande questão é: a luz natural nos faz perceber essa analogia, no entanto as dimensões superiores são iluminadas pela consciência mais sublime, a luz superior, o grande exercício deve ser com o intuito de apagar a luz dos sentidos, e meditar no sentido de ascender a luz do espirito, aí então teremos um vislumbre da causa maior, o ser real, a causa, que produz o ser ilusório, que é a sombra, o homem,  o efeito.

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