Antes de lhes contar sobre minha experiência com o plano
mental, é necessário explicar-lhes oque é o plano mental (Manas-sânscrito), esse plano é
uma dimensão acima do plano astral(Kamaloka-sânscrito), o plano astral é o purgatório, dos
cristãos, o limbo dos espiritas, é para onde a consciência carregada de
desejos, paixões, emoções, apegos, vai quando desencarna, permanece ali até
saturar a energia desses sentimentos, um período de ilusão, sofrimento, ignorância,
por esse motivo nossa missão e se desfazer dessas “qualidades” do corpo astral,
para não produzir nosso calvário no post mortem, pois no plano astral tudo é
aumentado, uma vez que continuaremos com nossos desejos mas no entanto não
teremos nosso corpo físico para satisfaze-los
O plano Mental é oposto, é o lugar da bem aventurança, da
colheita do altruísmo, da felicidade plena, só ha espaço para consciências evoluídas, iluminadas, então a porção de tempo que nossa consciência
vai permanecer em cada estagio(plano astral e plano mental), vai depender de
como agimos, pensamos, o amor impessoal, o altruísmo, a compaixão nos fornecem
pouca vivencia ou nenhuma no plano astral, e em contrapartida teremos mais consciência
no plano mental, se os desejos e paixões vis forem dominantes então nossa consciência
ficara mais tempo em sofrimento no plano astral do que em bem aventurança no
plano mental.
Plano Mental (Reino dos Deuses)
O Plano Mental é uma elevada região do universo, o mundo-céu
das religiões, denominado Devachan, "o lugar dos deuses", ou Devastha
e Svarga pelos hundus: Sukhavati pelos
budistas, Campos Eléseos pelos antigos gregos, Céu pelos zoroastrianos e
cristãos, e também pelos muçulmanos menos materialistas. É geralmente tido como
uma região de perene felicidade. Há, tradicionalmente, sete níveis de plano e
vida celeste, e em sua II Epístola aos Coríntios dá o apóstolo Paulo testemunho
do "terceiro" céu. Segundo o autor, não se trata de um deserto,
habitado apenas por um pequeno grupo de almas eleitas que ali vivem uma vida
contemplativa mas passiva, alheias a tudo e a todos. Bem ao contrário, é um mundo
maravilhoso, esplendente de luz, denamismo e atividade,que sucede imediatamente
ao Mundo Astral, mas onde não penetram, nem podem penetrar, o caos e a confusão
dos mundos que lhe são inferiores, como o astral e o terreno.
A tradição religiosa da existência de Anjos e Arcanjos, no
cristianismo, no judaísmo e no islamismo, ou no jainismo, no budismo e no
hinduísmo, com a denominação de Devas e Mahadevas, é realmente muito antiga.
Uma vasta literatura a respeito fala de inúmeras e variadas hostes angélicas,
as quais, hierarquicamente, desempenham as funções mais diversificadas em
benefício de todos os seres viventes.
Os Deuses
Este termo é usado para denotar, não as imagens simbólicas às quais foi dado esse
título pelos povos antigos, porém Ordens hierárquicas de Inteligências,
totalmente diferentes do ser humano neste Sistema Solar, porém que já foram ou
serão humanos. Os povos orientais, bem como numerosos membros de
celtas e outras raças naturalmente psíquicas, estão familiarizados com a idéia
da existência dos Deuses. No Oriente eles são denominados Devas, uma palavra
sânscrita significando "seres brilhantes" e referente à sua aparência
luminosa.Eles são considerados agentes onipresentes e super-físicos da Vontade
Criadora e diretores de todas as forças, leis e processos naturais solares,
interplanetários e planetários. Para estes seres é empregado o termo "Deuses". A nomenclatura "Deva", bem como o seu útil adjetivo Dévico, se
aplica igualmente a Arcanjos, Anjos e espíritos da natureza. Certos tipos de
Deuses, mais intimamente associados com o homem do que com a natureza, são
designados como "anjos", sendo os quatro termos usados como sinônimos.
Os três principais estágios do desenvolvimento dévico têm suas próprias
denominações. Os Espíritos da Natureza, como os animais e pássaros, são
impulsionados por uma alma grupai compartilhada com outros do mesmo gênero.
Deuses, Sephiras, devas e anjos evoluíram da alma-grupo para separadas
individualidades, tal qual o homem. Os Arcanjos, especialmente, transcenderam
as limitações da individualidade, e penetraram na consciência cósmica ou
universal, tal qual o Super-homem ou Adepto.(Geofrrey Hodson)
Post Mortem
O primeiro estágio após a morte é o kama-loka, literalmente “local dos desejos”. Mas não se trata de um local, e sim de um
estado vibratório da alma. Uma transição. É no kama-loka que ocorre uma luta
frontal entre hábitos e desejos instintivos e animais, de um lado, e hábitos e
vontades espirituais, de outro lado. A
luta se desdobra durante um período de tempo que varia muito, durando desde
algumas semanas até vários anos – até que ocorre a vitória do bem e a força
divina se liberta dos impulsos inferiores.
A alma entra então em um outro estágio, chamado de “corrente gestatória”, em
que se prepara para o seu “renascimento no reino celestial”, ou devachan.
Quando o eu espiritual vence a luta contra os impulsos animais, os hábitos e
impulsos inferiores, derrotados e destituídos de ligação com o núcleo de espiritualidade, formam uma “casca” ou carapaça que ainda habitará os mundos inferiores por algum
tempo, como uma sombra sem direção
própria, movida por seus desejos até
perder força e coesão. Então ela se paralisa gradualmente e finalmente
se dissolve, por sua vez, assim como um dia o corpo físico havia se dissolvido.
Resta apenas a alma imortal em “gestação”.
A natureza da luta depende das tendências engendradas pelo
indivíduo em sua vida física. Se ele era materialista, muito grosseiro, muito
sensual e a se tinha raramente alguma aspiração espiritual, então a atração
para baixo das afinidades inferiores causa uma assimilação da consciência
inferior com o quarto princípio. O homem então se torna um tipo de animal
astral, e continua neste estado até que, no processo do tempo, a entidade
astral seja desintegrada. As poucas aspirações espirituais que possa ter tido
são transferidas para a mônada; mas a consciência separada sendo atraída para a
alma animal, morre com ela e sua personalidade é assim aniquilada. Se um homem,
por outro lado, é medianamente
espiritual, como o é a maioria dos homens, então a luta no Kama-loka varia de
acordo com a natureza de suas afinidades; até que a consciência se encontre
ligada aos níveis superiores e inteiramente separada do “cascão astral,” e
esteja pronta a ir para o Devachan.
Depois de algum tempo, a alma emerge da corrente gestatória
e renasce no devachan, “o local dos deuses”. Como o kama-loka, o devachan não é
exatamente um local, e sim um estado de espírito. Ali predomina a energia
divina, e a alma colhe os bons frutos das suas ações espirituais. Há numerosas
exceções, mas em geral o devachan dura
alguma coisa entre mil e quatro mil anos para uma alma que tenha tido
uma vida normalmente boa, como a maior parte da humanidade.
No seu primeiro nível, o rupa-loka, o devachan está animado
pelas representações espirituais das formas externas. Rodeada dos que mais ama,
a alma revive intensamente os acontecimentos mais agradáveis da sua vida
passada, em seu aspecto espiritual e elevado. A alma é agora o centro do seu
mundo. Não há sequer uma sombra de sofrimento. Já no segundo nível do devachan,
arupa-loka, dissolvem-se as representações das formas externas. A alma mergulha
em um estado de bem-aventurança ainda mais interior, subjetivo e elevado.
A filosofia esotérica
define o devachan como um longo sonho bom, um descanso merecido. Mas, uma vez esgotada a necessidade de
repouso no mundo celestial, a alma aproxima-se pouco a pouco de um estado em
que a ignorância está presente. Fica exposta, então, às suas características
cármicas, herdadas de vidas anteriores. E ingressa no processo que levará ao
seu renascimento físico. Seus futuros pais e as circunstâncias em que nascerá
são definidos por afinidade cármica, isto é, por sintonia vibratória.
Gradualmente, a nova “pessoa” se reencontra com os skandhas, as tendências
cármicas de suas vidas anteriores. Todo este material também é atraído para ela
pela lei da afinidade, porque a presença da mesma alma imortal em um novo corpo
funciona como um ímã para os padrões vibratórios postos em funcionamento em
vidas anteriores. Naturalmente, depois da longa experiência do devachan, a alma
estará livre para estabelecer padrões novos, melhores e mais sábios.
Esta é,
resumidamente, a doutrina esotérica do devachan. Ela é importante porque
mostra que já estamos preparando, a cada instante, consciente ou
inconscientemente, os elementos que travarão a grande luta do kama-loka entre
nossa alma espiritual, com seus impulsos nobres, e a alma animal da nossa vida
atual, com seus hábitos inferiores. Agora mesmo, neste momento, há em nós uma
casca externa e uma luz divina e imortal.
A luta do kama-loka – popularizado no Ocidente supersticioso como
“purgatório” – é uma mera reprodução, no plano subjetivo, do que ocorre na vida
física com cada um de nós. É durante a existência concreta que se criam as
causas e se define quem vencerá a luta. Esta é a batalha que se trava
constantemente entre luz e sombra na alma humana. É a guerra descrita pelo
Bhagavad Gita hindu entre as forças
inferiores e o guerreiro do bem. A vida é uma batalha na qual um dos objetivos
principais do guerreiro é preparar-se para a morte, isto é, a passagem para o
mundo de luz. Ao longo dos milênios, a alma fica muito mais tempo no plano
subjetivo do que no plano objetivo, e vale a pena fazer um esforço definido
para fortalecer as causas do bem e encontrar a paz celestial enquanto se tem os
pés colocados no chão. Para isso, no entanto, é recomendável observar o
dia-a-dia da convivência entre couraça emocional e alma imortal.
Minha experiência - Arte, Espiritualidade e Devachan
Irei contar minha experiência com suas duvidas pertinentes e
aprendizado adquirido
A história é a seguinte, vi dois quadros a venda em um
anuncio de internet (fotos abaixo), quadros teosóficos (Geoffrey Hodson) e
surgiu uma complexidade de sensações,
uma afinidade, uma simbiose, e o interesse súbito de conhecer a pessoa
que possuía ou tinha pintado os quadros, até pelo interesse em comum e por ser
difícil de achar entusiastas da teosofia, ainda mais próximo da cidade da
gente, então contatei, e fiquei sabendo após contato que, a pessoa que possuía
os quadros havia falecido a mais ou menos 1 ano, e por isso seu marido estava
pondo a venda, quando fiquei sabendo disso surgiu então um turbilhão de confusão em minha mente, parecia que havia uma mistura de consciências, algo que não era totalmente meu mas que eu assimilava como se fosse, essa era a sensação, então foi me relatado que a pessoa em questão, era um ser extremamente iluminado, uma terapeuta holística, a partir dessa informação eu tive a
sensação de que soou como uma confirmação, como se minha consciência e a do desencarnado
se unificassem, para confirmar que o processo de post mortem ao qual ela
acreditava esta correto, ou ainda, que é a mesma concepção que eu tenho sobre o
post mortem, ou ainda, que o relato dessa experiencia precisava de alguma forma ser posto em movimento, ser dito as pessoas do seu circulo, para confirmar que é isso mesmo
que acontece, oque me despertou a vontade, de fazer chegar toda essa sensação que eu tive, até o seu marido, e para explicar tudo isso a ele não seria simples, por isso a idéia de escrever aqui.
Os quadros são esses👆👆👆,
coincidentemente é um estudo de Geoffrey Hodson, a partir de visão ampliada (um tipo de clarevidência superior), sobre o reino dos Devas, ou
seja, o reino dos Deuses, dos Anjos, Arcanjos, da bem aventurança do Devachan, no processo de post mortem, as ilustrações originais foram feitas por Ethylwynne Quail (RA), um talentoso pintor e escultor
sul-africano, através do relato de Geoffrey Hodson em elevação da consciencia até o plano mental.
Em seguida então surgiu a seguinte indagação na minha mente:
É possível que uma consciência mais iluminada, desencarnada,
que após o período de kamaloka (breve), estando a consciência já em estado
“devachanico”, é possível que nós aqui
encarnados, captamos, através da mediunidade superior, ou seja, não aquela
relacionada ao corpo astral(emoções, desejos, etc..), mas sim aquela
relacionada ao veiculo mental, captamos
através de um estado simpático de vibração(superior/mental/emoção
pura/intuição/amor), uma impressão da consciência do desencarnado? Enfatizo que
nesse caso não há vinculo afetivo, e nunca tinha visto tal pessoa desencarnada
em questão, oque torna mais difícil qualquer forma de mediunidade, a questão esta mais para afinidade e simpatia entre duas
consciências, ou seja, um conhecimento em comum originado no plano mental, que
me fez captar impressão de uma consciência desencarnada, é possível isso?
Pesquisei , solicitei ajuda dos teosofos mais experientes, e
encontrei a resposta nas cartas dos Mahatmas de numero 68 para A P Sinett:
Oque eu entendi então, é que a consciência do encarnado pode
entrar na mesma frequencia, vibração do desencarnado em devachan, a principio
eu descartei a hipotese da mediunidade através do veiculo astral, pois não
possuía nenhum vinculo com a pessoa desencarnada e por isso não desejava e não
estava no plano das emoções "inferiores", e depois disso, conhecendo
a personalidade da pessoa desencarnada, e sabendo de sua "luz", eu
meio que deduzi por intuição que a comunicação vinha do mental (devachan)
Esta carta dos Mestres, chamada "carta do
Devachan", onde eles descrevem a tal da "mediunidade pura", que eleva
sua consciência até o Devachan, elucida um pouco que as almas daqueles que
deixaram não podem descer para aqueles que ficaram na terra - sensoriais puros podem começar a subir na consciência e entrar em contato com
aqueles encontrados em Devachan - algumas comunicações espirituais subjetivas
são reais - identidade "afinidade" de vibração molecular.
Conclui então que oque pode ter permitido tal contato foi a
arte em comunhão ao estado de espirito, a arte aliada a espiritualidade é o elo entre a personalidade e a alma imortal, no plano mental, a arte está na personalidade e na
alma, a conclusão que eu tirei disso é que a sensação que uma consciência
possui com relação a sua arte no Devachan, pode ser sentida também por alguém
ainda encarnado, a arte relacionada ainda ao desenvolvimento espiritual
favorece ainda mais essa intuição sublime, a arte é a expressão da alma.
“A arte é o caminho
para o absoluto e para a essência da vida humana. O objetivo da arte não é a
promoção unilateral do espírito, da alma e dos sentidos, mas sim a abertura de
todas as capacidades humanas (pensamento, sentimento, vontade) para o ritmo da
vida no mundo da natureza. Assim, a voz silenciosa será ouvida e o ego será
harmonizado com ela.
Habilidade artística, portanto, não significa perfeição
artística. Ela representa um meio contínuo ou um reflexo de algum passo no
desenvolvimento psíquico, cuja perfeição não deve ser encontrada no aspecto e
no formato, mas deve irradiar da alma humana.
A atividade artística não se encontra na própria arte. Ela
penetra em um mundo mais profundo no qual todas as formas de arte (de coisas
vividas internamente) fluem juntas, e onde a harmonia da alma e do cosmos no
nada possui seu resultado na realidade.
O processo artístico, portanto, é a realidade, e a realidade
é a verdade”.
por Bruce Lee - trecho do livro "O tao do Jeet June
Do"