“À medida que a preparação para o novo ciclo avança e os pioneiros da nova sub-raça aparecem no continente americano, os poderes psíquicos e ocultos latentes no homem começam a germinar e a crescer. Disso surge o rápido crescimento de movimentos tais como Ciência Cristã, Cura Mental, Cura Metafísica, Cura Espiritual, e assim por diante. Todos estes movimentos representam apenas diferentes aspectos do exercício destes crescentes poderes – que até agora não foram compreendidos, e portanto são com muita frequência mal usados, sem que haja qualquer conhecimento. Entendam, de uma vez por todas, que não há nada ‘espiritual’ ou ‘divino’ emqualquer uma destas manifestações. As curas realizadas por elas se devem simplesmente ao exercício inconsciente de poder oculto nos planos inferiores da natureza – normalmente no plano do prana ou corrente vital. As teorias contraditórias de todas estas escolas estão baseadas em uma metafísica mal compreendida e mal aplicada, e frequentemente em falácias lógicas grotescamente absurdas.”
H.P.B. prossegue:
“Mas uma característica comum à maior parte delas, uma característica que atrai um grande perigo, é a seguinte. Em quase todos os casos os ensinamentos destas escolas levam as pessoas a pensar que o processo de cura é aplicado à mente do paciente. Aqui está o perigo, porque qualquer processo deste tipo – por mais astuciosamente disfarçado que seja com palavras e escondido por expressões faciais inocentes – significa simplesmente a dominação mental do paciente. Em outras palavras, sempre que o curador interfere – consciente ou inconscientemente – na livre ação mental da pessoa que ele está tratando, isto constitui – Magia Negra. As chamadas ciências da ‘cura’ já estão sendo usadas como meio de vida. Não vai demorar para que algum esperto descubra que pelo mesmo processo as mentes das pessoas podem ser influenciadas em muitas direções diferentes. Como a motivação egoísta de obter ganhos pessoais e dinheiro já se misturou com tais práticas, aquele que era ‘curador’ pode ser levado insensivelmente a usar o seu poder para adquirir riqueza material ou algum outro objeto do seu desejo.”
E ainda:
Em seguida, H.P.B. menciona a arrogância e o orgulho como os primeiros sinais da transferência de uma doença física para o plano moral e mental. Desta afirmativa podemos deduzir que, entre outras coisas, certos desafios na área da saúde são necessárias lições de humildade em relação à vida física. Os cuidados com a saúde ensinam a alma a viver com mais atenção e simplicidade.
Assim, o conhecimento da lei do carma e da reencarnação nos permite lembrar que não há efeito sem causa, nem doença física sem uma imperfeição que a originou. A filosofia esotérica ensina a combater também a origem, e não só os efeitos do sofrimento. A medicina correta responde ao sofrimento físico no nível físico e vital, sem pretender eliminar artificialmente este sofrimento, o que faria apenas com que ele retornasse para o plano sutil de onde surgiu.
Hoje o que se faz na área das medicinas alternativas “sutis” está amplamente comercializado. E também parece inexistir um sistema estabelecido e eficaz de verificação da ética e da eficácia, especialmente nos casos de curas prânicas, reiki, passes magnéticos e práticas semelhantes. Por estes e outros motivos, a teosofia original recomenda evitar as “curas mentais” e demais formas de uso de poderes psíquicos inferiores. A filosofia esotérica autêntica ignora os “siddhis inferiores” – aqueles “poderes” que respondem a motivações do eu pessoal e dos seus interesses de curto prazo. A meta do estudante da filosofia teosófica é o contato ampliado com o seu próprio eu superior. Ele se concentra na calma expansão da sua consciência individual em direção à unidade consciente com as leis do universo. Este é o tesouro que está nos céus, e o resto lhe será dado por acréscimo.
A clara distinção entre as coisas ocultas que na realidade pertencem ao mundo inferior e as realidades ocultas que pertencem de fato ao mundo espiritual, constitui um ponto decisivo em teosofia. Em seu nível inferior, o mundo oculto ilude; em seu nível superior, ele liberta.
"Sobre os terapeutas, em qualquer caso teria que examinar cada caso
particular em seus méritos, mas em termos gerais você deve procurar por um
indivíduo que está tentando auxiliar de maneira altruísta, preferencialmente
sem cobrar nenhum dinheiro. Caso ele precise de uma ajuda financeira para
sobreviver atuando dessa forma, ele o faz através de um sistema de doação.
Alguém que cobra uma grande quantidade de dinheiro pode estar sendo, consciente
ou inconscientemente, manipulado por entidades do plano astral – se você tem
uma motivação centrada em si mesmo, você não pode alcançar as verdades
superiores.
Porém eu diria que se um terapeuta possui um histórico de
auxiliar as pessoas a melhorarem, então este é um bom indicador – devemos
sempre levar a sério alguém que provou no passado ter ajudado outras pessoas.
Você sabe que as vezes as pessoas estão a procura de um analista, e uma
recomendação verbal pode evitar muita complicações.
Um conselho útil é, nunca automaticamente aceitar a palavra
de uma pessoa desencarnada de que ela é um Mestre. Veja bem, o grande problema
é que a pessoa comum não pode ver e examinar quem é essa outra pessoa com quem
ela se comunica, e muitas vezes é apenas uma pessoa morta comum no plano astral
que quer manter uma continuidade sem exatamente saber o que está falando,
outras vezes pode ser um Elemental que se diverte enganando as pessoas, ou até
mesmo pior, pode ser um dugpa (um mago negro) que está tentando desencaminhar a
pessoa e leva-la por uma trilha que a jogará para fora da Senda. Apenas muito
raramente é um ser angélico (deva) ou um Mestre de Sabedoria, e como eu disse,
eles não se comunicam através de mediunidade." Geoffrey Hodson
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